terça-feira, 23 de julho de 2013

Canção de Bissexual

Juntando essas palavras,
Garotas e garotos...
Até parece mais um clichê,
Falando da interação, 
Do puro prazer,
Entre os divergentes sexos, 
De forma tão juvenil...
Mas falo de maneira assim, 
Um pouco mais sutil, 
Para dois, para duas,
Para um, uma...
Para mil.
Para mim.

Não meu, 
Nem minha,
Apenas para mim...

E eu posso até partir,
Mas não há como parar,
Para mim.

Não há como parar
As minhas narinas,
Que sugam o cheiro
De ferormônio sem jeito
Deles;
Que suavizam sua aventura
Na doçura do perfume
De perfeição delas.

Não há como parar
As minhas pernas.
Que bambeiam com eles
Quando se expõem;
Que se asseguram com elas,
Que me seguram em seus abraços
E colocações.

Não há como evitar aquele beijo com A
De amassado, e aquele outro mais molhado.

Não posso repreender essa mania de ter um Q
Disso ou daquilo.
Não pode ser
Parado, nessa magia de achado X.
Ou Y.

Não há como não me contagiar
Com aquele pedido
De segunda,
Ou com aquele de que faça da primeira
A última.

Não há como dar ultimato,
Ou escolher entre as opções
Uma única.

Enquanto eles são uns cachorros
Lhe mostram o prazer do efêmero
Mais intenso, apático e patético -
Dormem, comem e fazem banzé;
Elas são raposas -
Cative-as se puder.
Responsabilize-se,
Se quiser.

Eu quero tudo, todos
E todas.

Que gostam de ser moleques,
Que gozam em ser mulheres.

Eu quero o tesão e o desejo,
Eu quero o afim e o afeto.
Eu quero a noite inteira, ou a vida 
Por um completo tão incerto.
Enfim, tão justamente,
Eu os quero.

Entre amores e amoras,
Bananas e cerejas,
Se for amoral,
Que seja!




- Júlia S.

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