terça-feira, 4 de junho de 2013

Adorar-te-ei

Adoro essa sua mania
De querer mudar o mundo,
Mais que isso, ser e tentar
E no final (nem sabes) 
Muda algum particular
Mundo, aqui ou acolá
Assim, a cá.

Adoro essa sua mania de amar,
Como se fosse tão fácil
Propagar o amor 
Em tudo.
Adoro quando um simples nada
Tu transformas em tudo.
Adoro quando um "não é nada"
Tu transformas em luto.
Mas adoro ainda mais,
Quando um luto
Tu transformas em luta,
E luta armada
Tu transformas em luta amada.

Adoro quando a pátria amada,
Tu transformas em esmerada -
Nação.

Adoro você ser assim,
Tão adorável
Sem querer nada (?)
Ou oito ou oitenta;
Oito deitado,
De preferência.

Pois então adoro
Essa sua sob medida;
Mas adoro ainda mais

Adoro esse seu jeito
De se vestir,
Vestindo-se com
A sua beleza.
Adoro esse seu jeito
De se se cobrir,
Cobrindo-se com a sua bandeira.
Mas adoro ainda mais
O seu jeito de
Se despir,
Despindo a sua alma
Nua.

Adoro essa sua maneira
Só tua.

Eu adoro esse seu jeito
Racional de querer dar
a Terra;
Quando também adoro
Esse seu jeito lunático
De querer ter a lua.

Adoro o seu jeito de encenar
Como se estivesse diante do espelho,
Sem saber sei lá se o seu palco é a rua

Ou se esconde num beco, 
Que como convém
É mais uma avenida da lua.

E cada buraco é uma cratera,
E cada cratera é a sua própria
Janela aberta.

E adoro essa sua janela
Semi-aberta, suficiente
Para emitir um facho de luz.
Adoro esse seu jeito de 
Sem juízo, sem juiz
Que me conduz;
E me confunde
Por um triz.

Adoro esse seu jeito
Sincero e verdadeiro
De ser atriz.

Adoro esse seu jeito maestro

Adoro esses seus lábios
Coloridos pelo batom vermelho;
E me gusta mucho
O seu espírito tingido
Pelo tom vermelho
E lilás
E preto
E o colorido da paz,
Do seu jeito.

Adoro isso, 
Fato insensato
Da sua voz
Cantarolando
Ser a nossa música
Da qual nem compartilhas

Pois adoro essa sua mania
De firmar em sua utopia,
E adoro que você
Seja a minha.

E enfim,
É assim,
Adoro esses
Afins que
É te adorar,
Afim de tu
Estar.


- Júlia S.





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