Meu amor nunca foi doença,
Talvez um dia doentio;
Mas se não quiseres me curar,
Eu sei que sobrevivo.
Eu simplesmente só o vivo,
Se eu o quiser, quiça.
Nunca foi pecado
Esse meu amor.
Quem sabe um dia
Apenas fora um reles e
Coitado pecador.
Mas para ele há
Perdão!
Pois meu amor não dá febre,
Tampouco infecção.
Apenas fere, esse (não essa)
Peste,
Abrindo um buraco vazio,
Pela dor preenchido.
Mas eu o quero vivo.
Se você não o benzer,
Em esse seu
(Contra)dizer,
Garanto eu
Não falecer.
Mas o meu amor não é comportamental,
Tampouco ideológico;
Simplesmente ele é amor, não amoral -
Sim, tão óbvio!
Se você não examiná-lo -
Apenas fazer exame de vista
E enxergá-lo -
Não irei a esse óbito
(Desista)
Tão ilógico.
Tu que portas de uma doença torta,
Que parece crônica -
E desacordada com a cronologia.
Meu amor nunca matou,
Talvez apenas se suicida.
O que mata, sem pudor, é
A sua doença - essa tal
De homofobia.
Homicida.
E, cara, o meu amor
Não é conceito.
Nem peça rara.
É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse o
Preconceito.
Pois o amanhã já houve -
E junto com ele o hoje,
Meu amor.
(E por favor, vê se ouve,
É homossexualidade,
Não homossexualismo!
Assim como racismo não é
Racionalidade.)
- Júlia S.
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