segunda-feira, 3 de junho de 2013

Elas Vão... Mas A Outra Fica

Não destema uma recusa,
Pois de tal ignorância
Eu tenho repulsa.

Meu problema não é
O choque entre as nossas peles;
Mas sim com a colisão do que há sob elas,
Que esse rostinho bonito
Também reveste,
Esse lado menos aprazível
Que a sua pessoa me sugere.

Ei, mas por favor,
Não é assim que se procede!
Se toque para me tocar,
Como a banda toca,
Meu amor.

Sempre assim,
Infortunadamente, 
Se eu te passar
A culpa (condenação) é minha;
Se me passas,
És a vítima
De uma doente.

Uma doente que representa
Uma minoria oprimida,
E maioria em estatísticas,
Que desviou o seu destino,
Que acabou com a sua vida -
Quem sabe eu sou uma vadia.

E se for o contrário,
Não é tão assim,
Caso raro.

Se por nove meses
Em meu ventre,
Eu carrego um bebê;
Pelo resto que me cabe de vida,
No meu sangue,
Carrego o meu sofrer.

E você já era assim...
Mas não precisa se afastar;
Apenas se cuida, e cuide
De mim.
Quem sabe a gente compartilhe
O mesmo enfim,
Mas não me repassando
Um ingrato fim.


- Júlia S.




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