quinta-feira, 13 de junho de 2013

Um Breve Reles Conceito e Respeito Sobre Solidão

Me vê um copo
E um pires com calmantes;
Pois se triste, me descontrolo,
Me asfixio em vapor de lágrimas
Errantes e navegantes em minh'alma,
Me afogo em mar de solidão,
Calada,
Auto-sufocante e distante.

Só quero um copo.
Pois senão...

Caio em pé,
Isolada,
No meio
De quaisquer
Multidão.

Pois não há solidão pior,
Que aquela acompanhada;
Não há perdição maior,
Que aquela sendo muito achada.
Não há descontento em paz,
Sendo contemplada.

Necessito ficar sozinha,
Um pouco na minha,
Para não perder nessa
Massa, essa
Tal minha.

Quero um copo,
Não uma pinga.
Não quero aguardente,
Quero solamente antes
Do só lamento.

Não quero ocasião,
Quero acaso, 
O meu momento;
Que não aquele de
Chamar atenção
Como um palhaço.

E por favor,
Um pires ao lado -
Quero comprimidos,
Não compromissos,
Nem esses distorcidos
Emaranhados...

Me vê, mas me deixe...
Vagar na rua, enquanto faço
De conta que sambo na lua.

Deixe-me passar do estômago
Para a cabeça,
Tantas essas borboletas.

Deixa eu tentar me descobrir,
Antes que você faça isso por mim,
Entenda por si
Todo esse mimimi;
Fodam-se
Com tanto (quanto!) tititi.
E...
E eu.


- Júlia S.






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