sexta-feira, 12 de abril de 2013

Palavrasear


Palavras em formato de sentimentos. Palavras em formato de emoção. Palavras subjetivas, ou objetivas. Palavras objetivadas. Palavras na mente, palavras que mentem, palavras no coração. Palavras roubadas, palavras dadas, palavras inventadas. Palavras compradas, palavras vendidas, palavras recebidas. Palavras de graça. Palavras que dão graça. Palavras leves como uma pena guiada pela brisa; ou palavras que têm o peso de uma morte matada. Palavras fracassadas, e que portanto não valeu a pena ser palavra. Palavras que separam, palavras coesas, palavras separadas. Palavras baratas. Ou um barato as palavras. Palavras simplesmente faladas. Palavras armazenadas. Palavras esquecidas. Palavras subentendidas. Como diria a música: palavras ao vento. Mas poderiam ser palavras no relento. Palavras em formato de atos. Palavras pegas no ato. Palavras simplesmente no seu mais puro formato. Palavras que valem mais que qualquer imagem. Palavras que te levam a uma viagem. Palavras em formato de história. Palavras em formato de causos. Palavras ao acaso. Palavras que são arte. Palavras da liberdade. Palavras da verdade, ou simplesmente de verdade. Palavras da felicidade. Ou não. Palavras que dizem não. Palavras que respondem mesmo sem saber a pergunta. Ou palavras que têm dúvida. Palavras em metamorfose. Palavras ambulantes. Palavras que nunca morrem. Palavras contantes. Palavras sutis. Palavras gritantes. Palavras que nunca saem da garganta, mas aceleram os pensamentos. Palavras ditas sem consentimento. Palavras que machucam. Palavras que curam. Palavras queridas, palavras que querem. Palavras poucas. Palavras que significam outras. Palavras que não são medidas, apenas ditas. Palavras mortas, palavras vivas. A vida em forma de palavras. Gente em forma de palavra. Palavra em forma de gente. Palavra que se sente. Palavras curtas que dizem tudo. Palavras que mudam o mundo. Palavras que mudam um único. Palavras curtas que dizem tudo. Palavras que dizem a todos. Palavras longas que não dizem nada. Ou apenas o que bem entender. Palavra que é prazer. Palavras que são qualquer coisa. As palavras têm poder.
Muito mais que substantivo, adjetivo, artigo, verbo, advérbio, pronome, nome, conjunção, preposição, interjeição, numeral, palavrão, ou coisa e tal... É palavra. É tudo ou nada.
Por favor, apenas um papel em branco, minha voz, uma caneta, e todas as que me vier palavras à cabeça.

- Júlia S.

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