sábado, 13 de abril de 2013

Meu Mundo, Minha Natureza

Digo que meu mundo é você. Pois nele tenho o essencial para viver. Tudo o que eu preciso:
Sua respiração ofegante é o ar que eu respiro.
Sua saliva no beijo é a fonte d'água onde eu bebo.
Sua pele é o que me salva do frio.
Seus pés me guiam e se tornam o meu chão.
Seus lábios são os frutos no pé, amadurecidos.
Sua voz é o gorjear das aves para os meus ouvidos; é o que faz valer a minha audição.
Sua presença é o que faz palpitar o meu coração.
Seus cabelos são como a mata virgem onde percorro livremente.
Seu sossego a brisa.
Seus olhos são a minha visão, e expandem a minha mente.
Sua alma é o que exorciza os males da minha.
Suas costas, a montanha desafiadora e tentadora que escalo.
Sou a colmeia, e você a singela abelha-rainha.
Seu peito, o ninho onde eu deito.
Meu alimento é o seu amor. E também unguento para qualquer dor.

Contudo é uma pena, que ao satisfazer a necessidade, não damos mais o devido valor. E deixamos escapar a felicidade, que estava em qualquer ato livre de simplicidade. Como por exemplo, no desabrochar de uma flor.
Cujo nome é amor. Cujo nome é o teu.
Uma vez atrelado ao meu, mas cujas pétalas agora para longe de mim voou.

Talvez nunca mais a veja. Mas hei lembrar do seu perfume, da sua beleza. Que um dia fora a minha própria natureza.

- Júlia S.


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