terça-feira, 14 de maio de 2013

A Imagem

E quando olho para o lado,
Vejo aqueles olhos desconcertados.
Olhos que são a janela,
Janela que é aberta,
Abertura que é bela
Beleza que é imagem que me fita,
Tal qual me faz ser recíproca;
Tal qual cala a minha boca,
Detém os meus olhos,
Vibra a minha alma;
E minha mente não aflita,
Apenas reflita
Sobre aquela imagem.
E a minha pele arrepia,
E meu corpo todo que sinta.
Sinta preso numa cinta
Modeladora e sucinta (?)
Que prende numa vontade;
Simplesmente sinto a imagem,
Cada pluma de suas asas,
Cada uma de suas páginas...
Cada trecho, cada verso, cada prosa,
Cada poesia.
Cada letra e cada vírgula,
De tal imagem que não chegou
Chegando, para ser vista.
Uma imagem despida, que 
Chegou por chegar
Para ser lida.

Essa imagem que imagina
A minha imaginação
Que não é apenas imaginária.
É uma realidade simplesmente avoada.

Viajada, tal mente imaginada.
Tal sentir da cena retratada.
E nela vou viajando, voando...
Vou levando, até que nesse mesmo ponto de partida
A minha viagem aterriza.
Aterriza na imagem.
Que olho sem perceber
Que é da minha imagem à semelhança.
Não é espelho, mas espelhada, não é esperança,
Mas é esperada.
E então meus olhos enxergam límpidos
A minha própria lambança.

E como quase tudo em minha vida,
Transformo esse reflexo,
Essa imagem refletida,
Em uma postagem pouco mais finita.


- Júlia S.



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