Somos um pranto,
Cujas lágrimas e lástimas
São uma gota no oceano.
O sangue que nossos queridos
Um dia já deram
E infectado o tiveram,
Também são gotas nesse maldito oceano.
São veias estouradas,
Assim como nossos corações,
Nossas almas dilaceradas.
São almas levadas.
E as nossas ainda não estão lavadas.
Temos um amor imune.
E uma realidade
Até então imunizada
Queremos mudar
Já que aqueles que não tiveram munição
Não pudemos muito ajudar.
Com sangue, alma, cabeça e coração.
O que não temos é estômago
Para continuar nessa aflição.
Somos pais. Queremos a paz, a gente é capaz,
Somos mães,
Somos filhos,
Tios, amigos,
Até irmãos
De Henrique, Herbert e Chico Mário,
Agenor ou Renato.
Somos gente.
E vocês poderiam estar
No nosso ou deles
Lugar.
Mas não estão,
Felizmente.
Mas olha lá,
Nem por isso, se contente.
Pois o tempo,
O tempo não para.
Mas ela se deixar,
Ela o para.
E aos poucos,
Vai mostrando a sua cara.
- Júlia S.
Alusão (ou repetição de) a Elas Vão... Mas Ela Fica #03.
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