quinta-feira, 2 de maio de 2013

Financiamento

Dizem que eu financio essa merda,
Algo amoral e proibido.

Mas então, o que eu financio,
Com o meu voto direto em um corpo político?

Quando nem sei de onde veio
E como foi feito,
Aquilo como que me visto?

Quando não sei de onde veio,
Como foi feito.
Quando eu não ouvido
E nem vejo.

E quando não sei para onde vou,
O que eu financio?

Tem coisas que não financio.
O racismo,
O machismo, 
O egocentrismo...
Entre outros que rimam
Com seu tamanho pequenininho.

Infelizmente, ao contrário desse ilegal,
A gente não pode parar
Até que não se fale mais de financiar
E sim de fazer mudar.

Dizem que estou afrontando.
Mas não há nada mais afrontador que a apatia.
Cada um sabe o que financia
Ou pelo menos deveria.

Nem percebem, mas eu sou afrontada
E vou descontando meu afrontamento,
Apenas vou o repassando,
Mas não numa perspectiva de sofrimento.

Simplesmente numa perspectiva
De que não se fale em financiamento.

Quem precisa de finanças?
Ela não sustenta a esperança,
Nem pode bancar a mudança.

- Júlia S.


O cifrão até lembra as (garras) grades de uma prisão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário